“Ainda vamos levar 300 anos para alcançar a igualdade de gênero no Brasil”. Assim, Lúcia Abadia abriu o II Congresso Brasileiro de Mulheres da Energia – citando a declaração do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, às vésperas do Dia Internacional da Mulher. A idealizadora do evento e empresária do setor imobiliário e fotovoltaico destacou a importância das mulheres se mobilizarem para acelerar o processo de equidade de gênero. “Se continuar no ritmo de hoje, vamos demorar três séculos para alcançar o que vinha sendo feito em um ano. Nós estamos precisando nesse momento é disso aqui, dessa união para não aceitar esses números que foram apresentados ontem pela ONU”, ressaltou.
Silla Motta, gerente comercial da BBCE (Balcão Brasileiro de Comercialização de Energia), que auxilia na curadoria do II Congresso Brasileiro de Mulheres da Energia, descreveu, na ocasião, o panorama mundial da equidade de gênero e citou a Islândia como case de sucesso e exemplo a ser seguido. “O Brasil ocupa a 94ª posição mundial em equidade de gênero. Somente 14 países possuem leis de igualdade de gênero e a Islândia desponta como país de destaque. Uma das principais razões é a adesão à licença paternidade, o que possibilita aos homens, auxiliarem as mulheres nos cuidados com os filhos”, disse Silla, na abertura do II Congresso Brasileiro de Mulheres da Energia. Ao lado de Lúcia, a especialista do setor deu as boas-vindas a mais de 700 mulheres presentes no local e enfatizou: “é mais que uma reunião. É uma onexão emocional. As mulheres têm o dom de emocionar pessoas”.
O senador do Pará, Zequinha Marinho, participou do primeiro dia do Congresso. O parlamentar, que está em seu sétimo mandato, elogiou a iniciativa de um evento composto exclusivamente por mulheres para debater os desafios e perspectivas do setor de energia. “Não duvidem da capacidade de vocês. Vocês têm muito a avançar nesse mercado”, disse o parlamentar.
O painel “Propostas para o Setor de Energia Brasileiro” foi um dos temas de destaque do evento nesse primeiro do dia. A atividade contou com a participação de Isabela Sales Viera, chefe da Assessoria Especial em Assuntos Regulatórios da Secretaria-Executiva do Ministério de Minas e Energia; de Adriana Drumond, superintendente da Aneel; e de Renata Isfer, sócia-fundadora da Interalli Gás e Energia.
Na oportunidade, Adriana Drumond falou sobre a importância do País focar no equilíbrio do mercado de energia em benefício da sociedade e destacou a Agenda Regulatória de 2023/2024, que contempla 35 atividades estratégicas, divididas em 15 temas. Ao citar a modernização do setor elétrico, enfatizou que nem todo modelo mundial cabe nosso cenário nacional. “Tem que haver adaptações ao mercado de energia brasileiro”, disse.
Serviço: II Congresso Brasileiro Mulheres da Energia
Data: 7 e 8 de março de 2023
Local: Hotel Royal Tulip Brasília Alvorada – SHTB Trecho 1 Cj 1B Bl C
Mais informações e inscrições: https://
Palestrantes confirmadas: https://
Realização: Yes Produções, empresa do Grupo Abadia
No comments yet.