O IX Fórum Nacional de Inovação Tecnológica em Saúde no Brasil movimentou, dia 23, o auditório do Interlegis (Senado Federal), com a presença de autoridades e profissionais da área, setor privado, instituições nacionais e internacionais, setor acadêmico e terceiro setor
Com objetivo de debater os caminhos para a implantação de políticas públicas necessárias ao desenvolvimento científico e tecnológico em saúde, o Instituto Brasileiro de Ação Responsável realizou, nesta quinta-feira, 23 de novembro, em parceria com o Senado Federal, a 9ª edição do Fórum Nacional de Inovação Tecnológica em Saúde no Brasil, no auditório do Interlegis, em Brasília. O fórum apostou num amplo debate entre diversos setores da sociedade, a fim de pontuar os avanços e desafios da área, visando um avanço social. As ampliações de infraestruturas de pesquisa, bem como iniciativas para o crescimento da cadeia produtiva do setor, por meio da união de esforços, foram foco do debate.
Segundo Artur Felipe Siqueira de Brito, diretor do Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias em Saúde do Ministério da Saúde (DGITS/SCTIE/MS) – em representação ao Ministro Ricardo Barros no evento -, existe atualmente um aparato grande que poderia garantir a qualidade da saúde da população. “Temos hoje uma política nacional instituída para que todo o desenvolvimento em saúde seja sustentável. Vale ressaltar que um dos fomentos do Ministério é a avaliação de tecnologia em saúde. Que possamos estar envolvidos pensando no que podemos fazer de melhor”, concluiu.
A presidente do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), Cecília Leite Oliveira, defendeu a relevância do desenvolvimento informacional nos processos de inovação e no uso correto das novas tecnologias. “O sucesso das novas tecnologias depende das informações para seu bom uso”, disse. Pontuou, ainda, a missão do Instituto na promoção da infraestrutura da informação. “Fico feliz que esta questão está sendo vista com maturidade nesse evento, que é de extrema importância”, argumentou.
Para o deputado federal Izalci Lucas (PSDB-DF), presidente da Frente Parlamentar de Ciência, Tecnologia, Pesquisa e Inovação, o Brasil precisa de uma maior difusão do marco regulatório, que introduziu a inovação na Constituição. “Infelizmente essa lei ainda não pegou – pois há leis que pegam e, outras, que não pegam. A lei da inovação precisa ser mais difundida, questionada e utilizada”, argumentou, lembrando que a lei possibilita, também, uma maior interação com as universidades. “Temos que explorar mais isso”, finalizou.
“É momento de pensar o desenvolvimento da saúde para otimização dos recursos à disposição”, afirmou Cleila Guimarães Bosio, especialista em Projetos de Nanotecnologia, Fármacos e Medicamentos da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (IBDI). Ela destacou o projeto de modernização de atenção à saúde, em parceria com o Ministério da Saúde. “Com esse projeto vamos poder observar o ganho de efetividade do sistema de saúde, por meio de um plano de automatização dos processos, visando inúmeras melhorias, como a redução do tempo de atendimento, a ‘desospitalização’ e a informatização dos procedimentos de internações”, contou. De acordo com a especialista, o projeto piloto visa testar uma série de tecnologias, impactando inclusive nos custos. “A informatização vai contribuir para que se tenha o mínimo de imprevisibilidade nos atendimentos em saúde”, destacou.
“Transformar uma pesquisa em inovação não é tarefa fácil”, falou o diretor do Departamento de Políticas e Programas de Apoio à Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Prof. Jorge Campagnolo, representando o Ministro Gilberto Kassab no fórum. De acordo com ele, o processo de inovação tecnológica passa pelo conhecimento da ciência e tecnologia, pela inovação, pelo mercado e pela implementação. “Precisamos de um ambiente de leis favorável para que a inovação de fato ocorra. Precisamos de mais pessoas convertidas à ciência e tecnologia no meio da sociedade. A partir desse momento, todos poderão ver o que a ciência e a tecnologia podem fazer”, enfatizou.
O IX Fórum Nacional de Inovação Tecnológica em Saúde seguiu sua programação com a formação de uma mesa técnica, que contou com representantes de vários segmentos no tema: Artur Felipe Siqueira de Brito e o Prof. Jorge Mário Campagnolo, que participaram da mesa de abertura, seguidos da especialista do Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde (DECIT/SCTIE/MS), Patrícia de Campos Couto; da diretora de Normas e Habilitação dos Produtos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Karla Santa Cruz Coelho; da coordenadora da Coordenação de Pesquisa Clínica em Medicamentos e Produtos Biológicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), Flávia Regina Souza Sobral; e do médico e especialidade em Clínica Médica da HemoCue Brasil, Fabrício Carnevale. O debate foi moderado pelo presidente da Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde (ABIIS), Carlos Gouvêa.
A cobertura completa do evento, contendo fala de todos os participantes, bem como fotos e slides das palestras, encontra-se disponíveis para acesso em www.acaoresponsavel.org.br.
Serviço: IX Fórum Nacional de Inovação Tecnológica em Saúde no Brasil
Local: Senado Federal – Interlegis – Auditório Senador Antônio Carlos Magalhães, Via N2 – Brasília/DF
Data: 23 de novembro de 2017, quinta-feira – das 9 às 14h
Inscrições Gratuitas: www.acaoresponsavel.org.br
Patrocínio: MSD, Novartis, Sanofi e HemoCue Biodina
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